As consequências do tratamento oncológico para a saúde cardiovascular!

Por - Jerazel
04/12/23 16:40

Novos estudos mostram que o tratamento oncológico, devido aos medicamentos utilizados, impacta diretamente na saúde cardiovascular dos pacientes.
As duas substâncias mais utilizadas, por exemplo, contam com uma taxa de cardiotoxicidade que pode chegar a 27%.
Isso mostra para os oncologistas e para os cardiologistas a grande importância de haver um acompanhamento médico durante e após o tratamento de câncer. 
Continue lendo o nosso post e saiba mais sobre os estudos que mostram a relação do tratamento oncológico e a saúde cardiovascular!

Qual a relação do tratamento oncológico com a saúde cardiovascular?

Novas pesquisas, uma divulgada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e outra publicada no jornal médico Câncer, mostram que a relação entre a saúde cardiovascular e o tratamento oncológico é maior que se esperava.

Segundo Marcelo Queiroga, presidente da SBC, estudos recentes realizados com 63.566 pacientes com câncer de mama apontam que 15,1% de todos os óbitos ocorreram por causas cardiovasculares.

Esses óbitos ocorreram até oito anos após o devido tratamento oncológico e são mais recorrentes em pacientes que receberam o diagnóstico em estágios mais avançados da doença e em mulheres com mais de 75 anos.

Esse dado é extremamente preocupante, uma vez que a morte por câncer de mama em si também tem fatalidade entre 15%. 

Outro estudo, também publicado pelo jornal médico Câncer e realizado com mais de 183 mil pacientes de câncer de mama, aponta que a maior causa de morte desses pacientes, sem ser o câncer em si, são problemas cardíacos, tanto no período inferior quanto superior a 10 anos.

De acordo com a SBC, isso está diretamente ligado com os medicamentos que são utilizados, sendo os mais comuns:

Antraciclinas

As antraciclinas são antibióticos naturais amplamente utilizados no tratamento de cânceres, uma vez que interferem na divisão celular.
Ainda de acordo a SBC o maior ensaio clínico brasileiro que analisou a cardiotoxicidade por essa droga apontou a incidência de 14%.
Já existem publicações que estudam o uso de Carvedilol para diminuir a cardiotoxicidade das antraciclinas.

Trastuzumabe

O trastuzumabe é um medicamento que revolucionou o combate ao câncer em pacientes HER2 positivas.
A sua taxa de cardiotoxicidade varia entre 4% a 27%, sendo o valor máximo quando administrado com antraciclina e ciclofosfamida.

Radioterapia

A radioterapia também mostra relação com a saúde cardiovascular.
Um estudo realizado com 2165 pacientes de câncer de mama tratados com radioterapia aponta que, após 7 anos do início do tratamento, 21,5% das mulheres desenvolveram doenças cardiovasculares.

Como promover a saúde cardiovascular em pacientes oncológicos?

A melhor maneira para promover a saúde cardiovascular em pacientes oncológicos, tanto durante quanto após o tratamento, é através da conscientização da cardiotoxicidade dos medicamentos tanto para oncologistas quanto para cardiologistas.

Através de consultas periódicas e exames regulares é possível identificar doenças cardiológicas no seu estágio inicial e traçar os melhores métodos de tratamento antes do paciente vir a óbito.

É importante ainda ressaltar que os estudos mostram que esses efeitos na saúde cardiovascular não são sempre vistos logo após o tratamento, eles se perduram por mais de 10 anos, o que reforça ainda mais a importância do acompanhamento contínuo.

É preciso ainda adaptar os exames atuais para que o paciente oncológico possa ter mais conforto durante seu tratamento e recuperação.

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Autor: Quoretech

Data da publicação: 12/07/2020