Comprometimento cognitivo após cirurgia de revascularização do miocárdio

Por - Jerazel
04/12/23 16:23

A cirurgia de revascularização do miocárdio, apresenta apenas 1,4% de mortalidade, no entanto, pode trazer comprometimento cognitivo. 

Esse assunto é estudo recorrente entre cirurgiões e tema de muitas conversas. Após essas intervenções e depois de alguns anos, o comprometimento cognitivo dos pacientes após o procedimento começou a ser investigado a fundo.

Inclusive, um importante estudo divulgado pela Duke University, em 2001, diz que, mesmo que momentâneos, alguns tipos de sequelas mentais podem ser mensuradas após o procedimento.

Entenda mais sobre a relação entre comprometimento cognitivo após cirurgia de revascularização do miocárdio nesse artigo!

Qual a relação entre a revascularização do miocárdio com mudanças cognitivas?

Apenas nos Estados Unidos, cerca de 400.000 procedimentos de revascularização do miocárdio já foram realizados, sendo uma das cirurgias cardiovasculares mais executadas ao redor do mundo. 

Apesar da grande quantidade de intervenções de sucesso, percebe-se, em alguns pacientes, um certo grau de comprometimento cognitivo após a cirurgia. 

Entre os principais problemas, podemos citar o maior risco de AVE (Acidente Vascular Encefálico), DPO (Delirium Pós-operatório) e DCPO (Disfunção Cognitiva Pós-operatória).

Esses comprometimentos cognitivos têm relação direta com a cirurgia, já que os pacientes, antes de se submeterem ao procedimento, não apresentavam sinais patológicos, como: déficit de atenção, pensamentos e movimentos mais lentos, delírios, concentração dificultada, entre outros.

Apesar de ser um conjunto de problemas que preocupa tanto os pacientes como os familiares, a maioria dos casos se resolve sem intervenção médica ou de remédios em algumas semanas.

Gradualmente, os sintomas neurológicos tendem a diminuir, mas alguns casos podem demorar meses para a completa cura.

O que causa o comprometimento cognitivo?

Não existe, de fato, uma teoria confirmada do que realmente causa o comprometimento cognitivo após uma cirurgia de revascularização do miocárdio, o que intriga os cardiologistas.

No entanto, existem diversas hipóteses do que realmente acontece. A que mais tem notoriedade no meio médico é a de que durante a cirurgia possam ser gerados pequenos coágulos de sangue, que se deslocam até o cérebro, provocando danos.

Também chamados de microêmbolos, eles têm sua presença confirmada em estudos feitos com Doppler transcraniano em grande parte dos pacientes.

Outro estudo que dá força a esta teoria é de que pacientes que apresentam qualquer dano neurológico após a cirurgia apresentam pequenos derrames em variadas partes do cérebro.

É essencial salientar que mesmo tendo fortes indícios, ainda não há comprovação sobre essa relação de causa e efeito.

Como prevenir o comprometimento cognitivo durante uma cirurgia de revascularização de miocárdio?

Sabendo dos riscos neurológicos durante uma cirurgia de revascularização do miocárdio, é mais fácil prevenir e, até mesmo, tratar qualquer mudança cognitiva após o procedimento.

Um grande desafio é conseguir prevenir esses riscos neurológicos, já que não se tem certeza do que realmente pode estar por trás deles.

No entanto, médicos ao redor do globo estão tomando algumas medidas que apresentam bons resultados. Entre elas podemos citar: 

  1. minimização de manipulação da aorta, 

  2. redução do uso da sucção arterial, 

  3. uso de oxigenadores de membrana,

  4. controle minucioso dos sinais vitais e temperatura do paciente. 

Agora que você já sabe sobre a relação entre comprometimento cognitivo e o procedimento de revascularização do miocárdio, que tal ficar por dentro de outros temas relacionados à saúde do coração? Continue acompanhando nosso blog e leia outros artigos, temos informações atualizadas e novidades interessantes sobre a cardiologia!

Autor: Quoretech

Data da publicação: 22/01/2021