Conheça a evolução do transplante cardíaco ao longo dos anos

Por - Jerazel
04/12/23 16:33

Há pouco mais de 50 anos, o transplante cardíaco começou a ser realizado no Brasil. 

Muitas mudanças ocorreram nessas mais de 5 décadas, já que a Medicina evoluiu, assim como os métodos de cirurgia, pós-operatório e também o uso e escolha de medicamentos para tratar a rejeição.

Em um país onde o transplante de coração é o terceiro mais realizado, a evolução do procedimento, assim como da cardiologia, é essencial para tratar doenças e malformações em pessoas de todas as idades. 

Neste artigo iremos falar sobre a história e evolução do transplante cardíaco no Brasil ao longo dos anos. Continue a leitura!

Conheça a evolução do transplante cardíaco

A história do transplante de coração no Brasil se iniciou no dia 26 de maio de 1968, e apesar de parecer recente, foi menos de 6 meses depois do primeiro procedimento desse tipo no mundo.

Veja como foi a evolução dessa cirurgia de grande complexidade, que já salvou milhares de vidas:

O primeiro transplante cardíaco no mundo
Quem realizou o primeiro transplante de coração no mundo foi o sul-africano Christian Barnard.

Precisamente na Cidade do Cabo, na África do Sul, o cirurgião realizou a complexa operação a partir de seus conhecimentos adquiridos na realização de diversos transplantes em animais.

Infelizmente, 18 dias depois do feito, o paciente faleceu não por causa do órgão, como algumas pessoas imaginariam, mas por uma infecção decorrente da rejeição a ele.

O primeiro transplante cardíaco no Brasil
Meses depois, o primeiro transplante cardíaco foi realizado no Brasil pelo cirurgião Euryclides de Jesus Zerbini e sua equipe, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Porém, assim como no caso da cirurgia feita por Barnard, em menos de um mês o paciente de Zerbini veio a falecer, pela mesma causa: rejeição.

Isso fez com que o país todo parasse de fazer esse tipo de cirurgia até 1980 e manteve tanto cardiologistas como cirurgiões com medo de em vez de salvar as pessoas, prejudicá-las.

Inclusive, a rejeição de órgãos transplantados é ainda um desafio nos tempos atuais, mas de acordo com as novas drogas e rápida ação dos especialistas, 72% dos pacientes vivem mais de 5 anos após o procedimento.

O surgimento da ciclosporina 

Apenas em 1980 é que os transplantes de coração voltaram a ser realizados por aqui.
Isso porque surgiu a droga ciclosporina, um importante imunossupressor que é responsável por combater a rejeição de órgãos.
Com a retomada dessas cirurgias, outros medicamentos foram surgindo, e o número de mortes prematuras, assim como infecção pós-transplante, diminuíram.

Preservação do coração

Outro forte marco da evolução do transplante cardíaco no Brasil é a preservação do órgão. 
Em décadas anteriores, era necessário fazer a retirada do coração na mesma hora da doação para o receptor.
Além da extrema rapidez para fazer tantas tarefas tão complexas, um pequeno atraso poderia inviabilizar o procedimento.
Atualmente, mesmo que ainda seja um tempo curto, ele consegue se manter até 4 horas fora do corpo, permitindo viagens de um hospital a outro, por exemplo.

Corações artificiais 

Ao passo que a evolução no transplante cardíaco foi acontecendo, o uso de corações artificiais também começou a surgir.
Esses equipamentos de ponta são muito utilizados em pacientes que estão aguardando na fila, que atualmente agrupa mais de 29.078 pessoas que precisam de variados órgãos.
De forma geral, quem está à espera de um coração possui sérias lesões ou doenças cardíacas sem cura que podem provocar sua morte iminente.
Dessa forma, esses pacientes conseguem esperar a cirurgia com menos riscos, diminuindo a estatística dos que morrem sem realizá-la.

Muito impressionante a história e evolução do transplante cardíaco, não é? Continue navegando em nosso blog e confira outros conteúdos interessantes que criamos.

Autor: Quoretech

Data da publicação: 05/01/2021